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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ROCK X MÚSICA ERUDITA ?



Que a música erudita é referência para todos os músicos isso todo mundo sabe... Que os seus fundamentos constituem a base da música,isso ninguém contraria.
Mas o que muita gente não imaginaria,é que ela estivesse tão presente no rock. Até mesmo a corrente mais conservadora da música erudita já sabe que isso é uma realidade no meio clássico.
Diferente do jazz que já traz no seu bojo, elementos instrumentais e contrapontísticos do erudito, o rock teve que se adequar à erudição clássica para que mais tarde ambos andassem de mãos dadas.
O rock progressivo foi o começo. Mais na frente outras bandas de outros estilos de rock,incorporaram aos seus estilos essa possibilidade musical.Isso chegou ao ponto de uma sinfônica inteira interpretar clássicos de Jimi Hendrix o que pra muita gente “sã” seria algo impossível.
O exemplo mais marcante no meio guitarrístico foi um álbum lançado em 1984, considerado um dos melhores de guitarra solo do mundo, o primeiro CD da carreira de Yngwie Malmsteen que chegou ao número 60ºda parada da Billboard, uma marca impressionante para um disco que era praticamente todo voltado à guitarra e que não teve nenhum tipo de apoio comercial. Esse trabalho valeu a Yngwie uma indicação para o Grammy na categoria "melhor performance de rock instrumental".
O Metallica foi agraciado pelos arranjos hiper-contextualizados do maestro Michael Kamen, da imponente Orquestra de San Francisco carinhosamente chamada pelo guitarrista Kirk Hammet de “San Francisco Sympathy”, que além de ter feito uma participação com o Pink Floyd, nos anos 80, participou de produções mais famosas, conduzindo e compondo as trilhas de Highlander (1986), Brazil – O Filme (1985), Máquina Mortífera (1987), As Aventuras do Barão Munchausen, Duro de Matar (1988) e 007 – Permissão Para Matar (1989), Duro de Matar 2 (1990), Hudson Hawk – O Falcão Está à Solta (1991) e O Último Boy Scout (1992), os três últimos sempre estrelados por Bruce Willis. Kamen ganhou o prêmio de melhor rock instrumental em 2001, no 43rd Grammy Awards com a música “Call Of Ktulu” do Metallica.
E o fim disso tudo é que, ganhou o rock com a linguagem erudita qualificando-o ainda mais e ganhou o erudito mais uma maneira de viabilizar seus projetos além da curiosidade de muitos roqueiros e guitarristas.

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