Antes de começar a falar disto gostaria de dizer que não sou o dono da verdade e não quero aqui criar uma “doutrina musical”mas, apenas compartilhar algo que já é bem claro para mim há anos...
É preciso salientar que não estou aqui colocando numa balança as duas habilidades. Aquele que com a sua leitura da música consegue passar todo o sentimento e a energia de uma composição e o que pega o instrumento e do nada trás a tona melodias do etéreo...
Minha intenção neste post é mostrar que existem as duas coisas e que cada uma tem o seu valor.
Já ouvi um “desdém” dos dois lados. Alguns eruditos dizem: ‘Música improvisada’...
Alguns Jazzistas não menos radicais retribuem: ‘Eles são meros reprodutores de música feita’.
As duas correntes se esquecem que a música num todo não pode ficar sem as duas “maneiras”.
Isso tudo pra mim é parte de um pedantismo de ambas as partes fruto de algum tipo de frustração. O cara se desenvolve numa habilidade e aí desce a lenha no outro que faz aquilo que ele não aprendeu bem.
“Tocar” na essência é trazer melodias através de improviso, seja numa seqüência pré estabelecida ou estabelecendo uma estrutura harmônica para algo que foi criado.
“Interpretar” é visceralmente a habilidade de reproduzir com absoluta fidelidade aquilo que já foi composto sem assassinar as emoções da linguagem desenvolvida pelo compositor.
Ambas as habilidades são de fundamental importância...
Julgue você mesmo...