Não dá passar batida a notícia do câncer de Tony. Saber que aquilo que faz parte de minha vida está sendo tragado por mais um mal do século me deixa triste e reflexivo.
É que a verdade é que somos mortais não sabemos o dia nem a hora nem como será.
Fiz questão de por esta música pra ilustrar musicalmente tudo que eu vou falar, posto que ela represente toda a ambigüidade do ser humano.
Desde a primeira vez que a ouvi eu me apaixonei por ela. Uma introdução com harmônicos no baixo,riffs arrasadores,uma batera “me ame ou me odeie” e um clima de romantismo e tensão nunca ouvido antes no Sabbath...Como eu ouvi essa música! Achava que a letra o seu “conteúdo maior” fosse algo romântico, mas não era essa a tradução.
A letra talvez seja a mais mórbida deles. O problema é que agente não tem o poder de censurar os sentimentos.Não se sei quem escreveu a letra se foi Iommi ,Martin ou qualquer outro da banda.Nem imagino se isso tudo é uma alegoria como num desabafo do “Mal” e de seu agente causador contra o homem...
Mas o que tem haver a letra da música com a doença de Tony. Bem mesmo sendo um fã do Sabbath e ainda gostando da música e dos seus arranjos sensacionais tenho que dizer que ,há sim esperança para a alma. A morte pode até querer lhe chamar mais o veredicto é Deus quem dá.Assim, mesmo em sendo uma alegoria ou não, isso não muda a minha fé e não falo aqui do “deus caixa eletrônico produzido pelos mercadores da fé”. Falo de um Deus real aprendido não pela boca de pastores e padres ,mas por uma experiência pessoal firmada na convicção de sua existência nos piores momentos de minha vida e encarnada visceralmente nas minhas entranhas.
Se Cristo pagou tudo e não há barganhas a fazer é a Ele que peço pela vida de Tony Iommi.
LONG LIVE TONY IOMMI!