Quando se estuda música pra valer, você começa a desenvolver um senso muito crítico em relação ao que ouve...
Começa a ouvi-la e toda a “substância” de que ela se compõe sendo isso inevitável, posto que o seu conhecimento sobre a mesma crie uma espécie de censura pra determinadas coisas que seu ouvido não pode deixar de ouvir.
É verdade que muitos grandes músicos devido a tais conhecimentos, não admitem que gostam de algumas músicas porque isso os exporia ao ridículo.
Conheço muita gente assim, que tem vergonha de dizer que gosta de alguma “pérola” seja qual estilo for. O problema é que a composição musical é feita de vários elementos tais como: Letra,arranjos,timbres ,nuances de gravação e etc o que deixa uma variedades de “portas” abertas ao gosto de pelo menos um elemento,nessa combinação.Assim,como um perfume, ela marca um tempo ou uma situação na vida da gente e aí certamente você associa aquele tempo à música como trilha sonora dele e não há como fugir disso...
Você gosta e isso é uma relação espiritual mesmo...
Ao ver esta foto de uma das centenas de tocadas que dei em Paracatu – MG,me lembrei de uma música que não era do repertório, mas bem que podia ser em meio aquelas dezenas de músicas sertanejas tão chatas e forrós tão parecidos. Ela era a trilha de uma novela de época e tinha um solo lindo. Aliás um dos mais bonitos que eu já ouvi na nossa música popular,mas me lembro que quando dizia pra amigos músicos que gostava dela todos riam de mim e me chamavam de bregão...
Boate Tokitô PARACATU-MG ( estou do lado do tecladista num ensaio) e esta é a música que é a cara dessa época...
