Podemos sempre fazer paralelos entre todos os elementos contidos na música para a nossa vida...
Bem melhor explicando traduzir o nosso cotidiano de uma forma tal,onde se perceba que a mesma não é obra do acaso.
Na frase acima: “Dissonância e resolução independem do rítmo” para muitos pode parecer estranha ou desproposital com níveis de refutação.
A dissonância pra quem não sabe é quando num acorde existe uma nota que causa uma sensação de tensão desagradável aos ouvidos. Para alguns (conjunto de sons não harmônicos) e não é preciso muita definição para que se entenda auditivamente esse elemento.
Em música, a dissonância é algo que quando aparece, sempre pede uma resolução. É como se esta não pudesse parar ali naquele ponto.
A resolução por sua vez é aquilo que cria um sentido de relaxamento ou conclusão depois de um acorde dissonante.Portanto , um elemento e outro independem do rítmo enquanto estruturas isoladas.O rítmo sempre associado ao tempo anda sempre de mãos dadas com a “situação” criada na música de forma lenta ou rápida.
Nesse contexto fica fácil trazer a essência que cada elemento carrega em si para a vida.
Há momentos de extrema dissonância onde os sons não combinam, onde a direção da melodia da vida parece sem perspectiva de repouso ou relaxamento...
Aí precisamos de prudência, de não tentar resolver o “acorde” em questão de qualquer forma, afinal de contas muitas são as pessoas que ouvem nossos passos melódicos e que estão ali na platéia não porque pagaram ingresso ,mas por terem nos ajudado na contrução do “show”.Nela há todo tipo de olhar. Quem é músico sabe e já sentiu esse “flerte” de cada fixação sobre quem executa a música.
O importante é saber que toda música precisa de um desfecho. Numa música o compositor não está preso a platéia e sim a seu comprometimento com a arte no intuito de se fazer o melhor para que no final,cada ouvinte possa sentir-se bem ao ouví-la. Só um músico relapso abandona o palco no meio do show da vida.
É por isso que compor algo que agrade a todos é tão difícil...
